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quinta-feira, 20 de julho de 2017

Good goodbye Chester


É bem assim que me lembro dele, nesta posição e tudo.

Hoje pensei em escrever sobre muita coisa, mas com a notícia da morte do Chester, dos Linkin Park, é inevitável escrever sobre ele.

Sabem o que me custa? É o suicídio. As doenças mentais são tão descuradas e tão terríveis. Só quem lá está, sabe o que lá vai.

E o tanto que eu sempre admirei este homem e não sabia nada da sua vida pessoal. Porque é assim : alguém que vale pelo seu talento, não costuma ter a vida pessoal escancarada em todo lado. Não fazia ideia que tinha seis filhos, e que tinha sido abusado em criança e ainda sofria com isso. A infância é TUDO na vida do ser humano. Cada vez mais me convenço disso. O que tenho a escrever sobre isso dá todo um novo post, mas basicamente aquilo que nos acontece na infância faz de nós o que somos. Sim, as pessoas amadurecem e evoluem, mas a educação, os valores, as ligações, a auto estima têm as suas bases nas experiências de infância. Creio que por isso um doente de Alzheimer tende a recordar as memórias mais fortes, que são as da infância. A minha infância não foi a "normal" da malta da minha idade, foi pesada,e eu atribuo a isso muitas das minhas características, tais como a desconfiança perante os outros, o medo da instabilidade financeira, o touro enraivecido dentro de mim... Mas enfim, fugi completamente ao assunto.

Passei muita hora a ouvir Linkin Park, ainda hoje os oiço com muito agrado, foram inovadores na época, namorei muito ao som deles 😀 quando conheci o meu marido eles estavam no auge e os cd's andavam sempre no carro.

Espero que a família dele não sofra muito, que consigam entender o porquê dele fazer o que fez e perdoar. E acima de tudo, espero que a alma dele finalmente encontre a paz que tanto procurava, pois quando se é admirado por milhões e nem isso nos dá forças, é porque a luta interior é terrível.

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