O Festival da Canção e o quero ser tua

O Festival da Canção já há muito que não me diz nada, mas já me tinham chegado uns zunzuns aos ouvidos de que este ano íamos ser representados por uma música pimba.
Há pouco estava a ver o Diário de Notícias e deparei-me com esta notícia, de que a Suzy, intérprete da canção, e o Emanuel, autor, iam entrar com  processos em tribunal, em resultado de receberem ameaças, injúrias e calúnias.
E eu fico chocada. Mas porque é que não haveremos de ser representados por uma música popular portuguesa. Que tal como o nome indica: é uma música, POPULAR (do povo e reconhecida), portuguesa. Aliás, eu ando há anos a dizer que devíamos mandar para lá o Quim Barreiros. Mas vocês já viram alguém a resistir a um bailarico do Quim?
Quando andava na Universidade dividi quarto durante um ano com uma estudante Erasmus turca, a Seçkin, de quem me tornei grande amiga. Sabem que música portuguesa ela ouvia, toda contente? Durante horas!?Quim Barreiros. E lembro-me de que me custou um bocado fazê-la compreender que era um grande artista português mas que estava conectado com pimbalhice. Sem ser a Amália, e na altura tinha saído o cd dos Humanos, homenagem ao António Variações, de que ela também gostou muito, toda a música que ela quis levar de volta com ela para a Turquia foi pimba.
Eu sei lá se a criatura que está a representar a Turquia, a Suécia, ou o que for, não está também a cantar uma letra que diz: "Cheguei a casa e encontrei-o na cama com ela, ele e ela, no meu quarto...", não percebo o que dizem!
Força Suzy! O Festival da Canção é todo teu.