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quarta-feira, 28 de maio de 2014

O poder do "deixar ir"

E "deixar ir" é a melhor tradução que eu arranjei para "letting go".
Andei a ler bastante sobre isso. Nomeadamente neste livro, que o autor Leo Babauta, gentilmente cedeu de forma gratuita, e no site Mind Body Green.
É uma das coisas nas quais quero melhorar, o "deixar ir", até porque é bom para quem, como eu, é muito resistente à mudança. A mínima mudança na minha vida, causa-me pesadelos (literalmente).

Muitas vezes surgem receios na nossa vida, que são naturais: medo de desemprego, doenças, divórcios, dúvidas sobre se comprar algo ou poupar, mas quando lhes damos excessiva importância causa-nos mal estar. A verdade é que a origem deste mal estar tem a ver com os nossos ideais. Nós imaginamos como algo será, em praticamente tudo na nossa vida.
Temos um ideal sobre como queremos que as outras pessoas se comportem, sobre como queríamos que o nosso emprego fosse, o corpo, a relação com o namorado/marido, etc. E às vezes ficamos agarrados até ao que não existe mais. Estamos habituados a pensar que "desistir não é uma opção"... e se o não desistir nos estiver a fazer mal?
Temos de nos convencer que tudo na vida tem um prazo de expiração: empregos, romances, casas...

E então como podemos lidar com esses medos, com pessoas que nos fazem mal, com distrações, hábitos e mudanças?

  • Devemos começar por reparar nos sinais de que algo nos está a fazer mal e de que é tempo de mudar, alguns deles são:
  1. Pensar mais no passado do que no futuro
  2. Pensar em algo e sentir mais dor do que alegria
  3. Esperar, eternamente, que algo mude
  4. As coisas ficam na mesma, mesmo depois de as tentarmos mudar
  5. Sentes-te só, desrespeitado ou ignorado
  6. Algo te impede de seres quem queres
  7. Quando te sentes exausto emocional, espiritual e fisicamente
  8. Perdes paixão e alegria, já não te diverte
  9. Tens medo que isto já seja o melhor 
  10. Quando acreditas que há uma vida melhor para ti
  • Ver o ideal que está por trás disso. Por exemplo, sinto-me mal porque acho que as pessoas me deviam tratar com mais respeito, esse é o meu ideal.
  • Ver o mal que o ideal nos faz. Como a realidade não está de acordo com o meu ideal, sinto raiva. 
  • "Deixar ir", isso não significa que desistimos dos nossos sonhos, ou que deixemos os outros "abusar". Simplesmente é mudar o foco de algo que nos está a causar sofrimento, deixar de lhe dar tanta importância vai nos deixar livres para concentrar em algo que realmente nos deixe felizes.
  • E por fim devemos ver a realidade. Se certa pessoa te trata mal, devemos ver as coisas como são. Se só hoje aconteceu isso, pode ser que esteja a ter um dia mau e descarregou em ti. Não é bom, mas é um erro que muitos de nós cometemos. Se é assim habitualmente, provavelmente essa pessoa tem sofrido na sua vida, porque uma pessoa saudável, equilibrada e feliz, não trata mal os outros. Fazer esta análise irá acalmar-te e em vez de explodires com o universo (como costumo dizer quando estou farta), poderás falar com a pessoa e fazê-la ver o modo como te faz sentir.
Não sei se consegui resumir bem esta ideia do "deixar ir", mas muitas vezes o melhor que podemos fazer é isso: "deixar ir" e avançar. E até uma coisa como esta se pode praticar todos os dias com coisas simples.

Um dos momentos mais felizes na vida é quando encontras a coragem para te libertares do que não consegues mudar.

2 comentários:

Carla Alexandra disse...

Panda, eu no outro dia vi-te no teu local de trabalho. O meu namorado foi perguntar nas informações qual era o CD que estava a tocar e tu respondeste.
Apesar de seguir o teu blog à imenso tempo nunca, não fui falar contigo porque sou tótó mas queria-te dizer que és super gira e simpática ao vivo. Jinhos

Ah é verdade, gosto da nova temática dos posts mas também gosto de posts de opinião geral.

Panda disse...

Carla sente-te à vontade para vir falar comigo da próxima!
Beijinho