Crónica "As gordinhas e as outras"
aqui.
Para se compreender todo o burburinho de volta desta crónica será mesmo necessário lê-la até ao fim. Não é um trabalho agradável, eu sei, mas ainda assim é melhor do que ter de ler um livro inteiro dela. (eh eh tacada#1)
Ora eu tenho as minhas lutas com o peso, poucas mulheres não as terão. Mas o meu peso não me define. O meu peso dá-me alegrias e tristezas mas o meu peso não é a alegria ou a tristeza dos meus dias.
A luta pelo peso ideal levou-me a descobrir algo que eu adoro e que agora faço por puro prazer: exercício físico. Mas nunca fui e acho que posso dizer que nunca serei uma daquelas mulheres, anorécticas ou não, que passam a vida a contar calorias, a comer alfaces e a colecionar dietas.
Porque essas mulheres podem olhar para mim enquanto como uma pizza e pensar "coitada, que gorda!" que eu olho para elas a pensar: "coitada, a passar fome!".
Eu posso ter uns kg a mais mas sou feliz, porque santa paciência alguém que passa a vida a fechar a boca e a fazer contas do quantas calorias ainda lhe restam não pode estar bem! Ainda que o aparente. Mais que não seja a fome torna qualquer um rabugento.
E deve ter sido isso que aconteceu com a Margarida. Não devia andar a comer bem quando escreveu a crónica, foi a fome a falar. Por isso é que os livros dela são "light". Ainda bem que eu sou gordinha e até nos livros não consumo light.
Ou então mais uma vez esta mulher de aparência tão ideal viu algum homem a ser-lhe roubado por uma gorda. Como é que ele pôde?