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quinta-feira, 9 de maio de 2013
Ter filhos ou não ter?
Ultimamente dei por mim a falar com pessoas com recém-nascidos e a ler muitos blogs com esse assunto. E na sua maioria consegui perceber uma coisa: a visão deles de ter filhos é completamente diferente da minha. No sentido em que pensavam que ter um filho é a coisa mais linda do mundo, e já se sabe que dá trabalho mas caramba! são adoráveis.
Mas depois de o terem deparam-se com o desespero de um bébé chorar durante horas (entre muitas outras coisas) e sentem-se fraquejar e admitem que não pensavam ser tão duro... "mas é claro que compensa".
Ora eu quando penso em ter um bébé as coisas que me vêm à cabeça são: consultas médicas de acompanhamento à gravidez, sustos constantes de saber se é perfeitinho e se se está a mexer, dores de parto lancinantes, depressão pós-parto, noites mal dormidas, horas de berros, desespero, ir a médicos por tudo e por nada, despesas infinitas, preparação de papas e sopas, gordura corporal da qual nunca mais me vejo livre, perda de intimidade com o marido, saber com quem deixar a cria quando ambos trabalham por turnos, arranjar uma creche, arranjar uma escola, cólicas, cansaço, desespero...
Mas a minha esperança é que eu depois me aperceba que o cenário não é tão negro como o pintei e que "é claro que compensa".
O meu mal é mesmo eu só ver o lado negativo... mas espero que um dia o medo me passe e a gente se resolva a dar esse tão grande passo. Mas para já não.
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14 comentários:
Eu então, sou igual a ti! Só me vem à cabeça cenários apocalípticos, apesar de todas as pessoas que eu conheço com filhos dizerem que a melhor coisa da vida deles é serem pais, mesmo depois de todo o trabalho. Eu não sei se um dia hei-de querer ter filhos, agora tão depressa prefiro gastar o meu dinheiro em viagens, concertos, em mim - ainda sou demasiado egoísta para pensar noutros seres. Mas sei lá, pode ser que um dia em que venha a achar o mesmo, que tudo compensa...
Podia ter escrito este post...e cm ja estamos a caminho dos 40 e ja assistimos a tudo isto nos nossos amigos...a parte do "compensa" não é assim muito clara para nós, mas isso é pq não somos pais (acho eu!)...E nos entretantos ainda n decidi tambénm se quero mesmo ver se compensa :/
Quando parti para a gravidez já pintava o cenário negro tal como tu. Mas não queria passar por este mundo sem viver esta experiência.
A verdade é q é mto duro mesmo, mto mais do que aquilo q imaginamos. A parte do compensa nas primeiras semanas não existe (desculpa a sinceridade) porque tens ali um pequeno ser que só come, dorme e chora...não te dá nada! E tb não andas bem, o corpo está feio, as mamas doem, não dormes...enfim, é difícil!
Depois dos 2 meses, ai posso dizer que compensa, já sorri para ti, já responde a estimulos...é muito bom! Tu já estás melhor, pelo menos o meu caso o corpo ficou como era, o que já é um grande alento. Andou um mês e meio a dormir a noite toda! Durante esse tempo senti-me bem, a amamentação tb já é mais fácil...agora voltou a acordar uma vez durante a noite, já é mais complicado.
A vida muda a 100%, há coisas que ainda me custam um bocadinho, como não ter tempo para mim, para namorar...não conseguir ter a casa sempre arrumada como gosto...mas acredito que com o tempo tu vá melhorar!
E sim, passa a ser uma preocupação constante!
O que eu tenho mais medo é de cair numa depressão pós-parto, não é dificil...mas eu tento manter-me à tona!
Para ser mãe é preciso deixar o nosso egoísmo bem arrumado numa caixa!
Beijo
Olha que "compensa" e' tudo isso que dizes, acima de tudo muito cansativo e deixas de ser a prioridade, depois e' tudo para o bebe, mas acredita depois de uma noite de "cao" acordas e ves aquele sorriso desdentadinho olhar para ti esqueces logo a noite que tiveste, e depois so de pensares que aquele ser foi gerado em ti... mas fazes bem em so tomares esse passo quando ambos tiverem preparados porque muda e muito a vida do casal...
bjinhos e ficamos a aguardar por uma pandinha ou um peixinho aqui na blogosfera hihihi
Caramba Moa disseste tudo na ultima frase! :-) Para já ainda não consigo abdicar de mim...
Lamento desfazer tudo o que escreveste, mas cá por casa nunca existiram noites em branco, o parto em si durou 3 horas, não fiquei com dores nenhumas, dar de mamar era um prazer, tanto eu como o pai mantivemos a vida social que tínhamos. Nunca deixámos de namorar, muito pelo contrário, ter um filho em comum é qualquer de muito forte e é para sempre.
Para mim não é questão de "compensar"... não cobro nada em troca à minha filha. Amo-a mais que tudo, é um sentimento que não consigo descrever, só sei que é maior que TUDO. E não faço sacrifícios. Nada que a implique a ela me custa fazer ou dar. E deu-me certezas que não tinha: que sou muito feliz com as minhas escolhas e quanto é fantástico descobrirmos sentimentos que não sabíamos que existiam.
Mais testemunhos como os da Vera e talvez pessoas como eu não tivessem tantos receios. Obrigada
Esta é a minha realidade. Não significa que não existiam outras. O essencial é podermos escolher e vivermos em harmonia com os caminhos que decidirmos escolher :)
É um prazer ler-te :)
Acho que se um dia quiseres ter filhos, esse medo esvai-se!
Se chegares à conclusão de que não queres, nem precisas de te preocupar com esse receio (e tens sempre os filhos das amigas para mimares).
Um filho deve ser a coisa mais linda do mundo, mas obviamente que tem o seu lado menos bom...
S* não consigo ver esse lado menos bom, mas lá está, se eu deixar a minha filha que tem 5 anos dorme até ao meio-dia :P
Essa falta de sono e cansaço de que oiço tanta gente a falar, nunca senti na pele.
Há-de passar para o lado positivo, hás-de ver !
Pois posso-te dizer que nunca fiz filmes cor de rosa da maternidade e conseguiu ser mais cansativo do que o que eu achava! A minha bebé, que nem 3 meses tem, raramente faz uma sesta durante o dia e quer muita companhia. Para ajudar dorme mal durante a noite. Nestes 2 meses tem havido muito cansaço! A mairoria das pessoas com quem falamos dizem que os filhos eram "come e dorme"... mas olha que é completamente verdade quando dizem que um sorriso deles nos faz esquecer todo o cansaço!
Quando oiço que tudo compensa só penso: "se o dizem ...", "não sei não". Mas isto sou eu que não sonho em ser mãe apesar de gostar de crianças - gosto delas na casa dos outros! Ainda para mais integrei num estudo sobre aleitamento materno e fiquei a conhecer as complicações pós-parto (e eu a pensar que as dores terminavam no parto!), logo aí a minha vontade de ser mãe decaiu ainda mais.
Mas como diz a Karina, não sei se irei sentir o apelo da maternidade no futuro mas por enquanto prefiro viver apenas uma vida a dois, sem horários e afins.
Bjokas.
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